Entendendo a crise do Egito

O Egito passa, neste começo de 2011, por uma mudança política desencadeada por revolta popular. Nesta sexta-feira (11), a renúncia do presidente Hosni Mubarak foi anunciada pelo vice-presidente do país, Omar Suleiman. Mubarak estava há 30 anos no poder.

A decisão ocorre após 18 dias de violentos protestos de rua que deixaram mais de 300 mortos e 5 mil feridos. O movimento popular tem inspiração no levante que derrubou o presidente da vizinha Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, cujo governo se prolongava havia 23 anos. Além do Egito, os levantes no mundo árabe inspirados no exemplo da Tunísia se espalharam por Jordânia, Iêmen, Argélia, Mauritânia, Sudão e Omã.

Aos 82 anos, Mubarak já havia apresentado alguns problemas de saúde e, depois da pressão popular, admitiu que não seria candidato a um sexto mandato na eleição presidencial. A eleição está prevista para setembro deste ano.

Analistas acreditavam que ele iria tentar emplacar seu filho, Gamal Mubarak, como sucessor no comando do Partido Nacional Democrático (PND), o maior do país. Entretanto, Gamal e outras lideranças deixaram o partido no sábado (5). Nesta sexta, o secretário-geral do partido, Hossam Badrawi, renunciou ao cargo dizendo que o país em crise "precisa de novos partidos".

Um dia antes da renúncia, Mubarak fez discurso na TV e afirmou que pretendia continuar no governo até setembro, à frente da transição de poder. Ele também disse que iria transferir poderes ao seu vice, Omar Suleiman.

Partido
O partido domina o Parlamento e esteve todos estes anos a serviço do ex-presidente, que também comandava as Forças Armadas. Mas a estabilidade deste ex-militar da Aeronáutica, principal aliado do Ocidente entre os países árabes, se viu ameaçada pela primeira vez.

No final de janeiro, a oposição no Egito se uniu pela primeira vez para integrar os protestos iniciados em 25 de janeiro. Principal força oposicionista, a Irmandade Muçulmana, que tinha deixado aos seus membros a possibilidade de participar dos protestos, anunciou seu apoio oficial dias depois.

O posicionamento da Irmandade Muçulmana, organização da qual se originou a facção palestina Hamas, representou um novo desafio ao governo de Mubarak.
Somou-se a isto o retorno ao país do Nobel da Paz e ex-presidente da Agência Internacional de Energia Atômica, ligada à ONU, Mohamed ElBaradei. Ele, que conta com a simpatia do Ocidente, expressou sua disposição de assumir um eventual governo de transição e não descartou concorrer nas eleições de setembro.

O presidente dos EUA, Barack Obama, que tem no Egito o principal aliado no mundo árabe, também pressionou pela saída imediata de Mubarak. Líderes da União Europeia se juntaram aos apelos pela renúncia.

Até mesmo aliados de Mubarak, como o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Assembleia, Mostapha al Fekki, também membro do Partido Nacional Democrata, pediram ao presidente egípcio "reformas sem precedentes" para evitar uma revolução no Egito.

Pressão
Pressionado, Mubarak anunciou que não iria disputar a reeleição, nem mesmo tentar lançar o filho como sucessor. O governo também anunciou concessões, como um aumento de 15% nos salários do funcionalismo e nas aposentadorias.

Pela primeira vez em 30 anos de regime, Mubarak nomeu um vice-presidente, Omar Suleiman, que assumiu o comando das negociações com a oposição, e novos ministros. Em sua primeira reunião, o novo gabinete ministerial prometeu investigar casos de fraude eleitoral e corrupção no serviço público.

As medidas, no entanto, foram consideradas "vagas" pela oposição, que continou a reunir centenas de milhares de manifestantes na praça Tahrir, local que se tornou símbolo dos protestos antigoverno e palco das celebrações da abertura democrática.

Repressão
A dura repressão aos protestos no Egito provocou reações de diversos países. A ONU estima que mais de 300 pessoas tenham morrido e que milhares ficaram feridas desde o início das manifestações.

Houve intimidação e violência contra jornalistas, inclusive brasileiros. O uso de redes sociais para convocar as manifestações fez com que a internet e o sinal de algumas operadoras de telefonia celular fossem interrompidos – o governo negou intervenção.

Relação com os EUA
A proliferação de revoltas para países menores preocupa autoridades ocidentais pela fragilidade destes regimes. Outra preocupação do mundo Ocidental é com relação a Israel, já que, atualmente, só dois países da região têm tratados de paz com o país: Egito e Jordânia.

O número dois da diplomacia americana, James Steinberg, anunicou que os Estados Unidos trabalharão para assegurar que a violência desatada no Egito não crie "novos perigos para Israel ou a região".

Veja quais foram os games, filmes e series mais pirateados de 2010

As listas se referem apenas a downloads feitos por torrents o que já é muito significativo.

Apesar de ter sido desbloqueado em 2010 o PS3 não chegou a aparecer na lista.

Alguns games como Alan Wake e Dantes Inferno tiveram número de downloads muito superiores aos de venda.

Em comparação com 2009 o número de downloads ilegais de séries caiu muito, provável reflexo do surgimento de meios legais de assistir e baixar seriados online como o Hulu e Netflix.

Filmes

1. Avatar (16.580.000 downloads)
2. Kick-Ass: Quebrando Tudo (11.400.000 downloads)
3. A Origem (9.720.000 downloads)
4. Ilha do Medo (9.490.000 downloads)
5. Homem de Ferro 2 (8.810.000 downloads)
6. Fúria de Titãs (8.040.000 downloads)
7. Zona Verde (7.730.000 downloads)
8. Sherlock Holmes (7.160.000 downloads)
9. Guerra ao Terror (6.850.000 downloads)
10. Salt (6.700.000 downloads)

Séries

1. Lost – 5.940.000 – 13. 570.000
2. Heroes – 5.480.000 – 5.300.000
3. Dexter – 3.880.000 – 2.540.000
4. The Big Bang Theory – 3.270.000 – 16.310.000
5. House – 2.610.000 – 14.210.000
6. How I Met Your Mother – 2.490.000 – 10.520.000
7. 24 Horas – 2.240.000 – 11.500.000
8. True Blood – 1.920.000 – 5.440.000
9. Glee – 1.700.000 – 13.660.000
10. Family Guy – 1.620.000 – 7.730.000

Games//XBOX 360

1. Dante’s Inferno (1,280,000)
2. Alan Wake (1,141,000)
3. Red Dead Redemption (1,060,000)
4. Halo Reach (990,000)
5. Call of Duty: Black Ops (930,000)

Games//PCs

1. Call of Duty: Black Ops (4,270,000)
2. Battlefield: Bad Company 2 (3,960,000)
3. Mafia 2 (3,240,000)
4. Mass Effect 2 (3,240,000)
5. Starcraft II (3,120,000)

Games//Wii

1. Super Mario Galaxy 2 (1,470,000)
2. Wii Party (1,220,000)
3. Donkey Kong Country Returns (920,000)
4. Kirby’s Epic Yarn (880,000)
5. Red Steel 2 (850,000)

Michael Jackson Duet with Akon - Hold My Hand

Uma excelente música. Embora não acompanhasse o Michael - muito menos era fã - comecei a escutá-lo após ter nos deixado e me admiro com muitas letras. De fato, ele não é o que muitos tentaram fazer a imagem.

Em dueto com o cantor Akon, Michael arrasa mais uma vez numa música excelente, que faz pensar e refletir um pouco sobre relações e sentimentos no mundo de hoje.

Nintendo DS bate recorde nos EUA

A Nintendo divulgou nesta terça-feira (4) os números de vendas do console Wii e do portátil Nintendo DS nos Estados Unidos. De acordo com a empresa, o portátil de duas telas vendeu 47 milhões de unidades em território norte-americano desde o seu lançamento em 2004 até o final de 2010, tornando-se o mais vendido da história no país.

O número é maior do que o conquistado pelo PlayStation 2, antigo primeiro colocado, que vendeu 50 milhões de unidades em toda América do Norte até 2009.

O número de vendas do DS inclui todos os modelos lançados até o DSi XL. A Nintendo revelou ainda que o Wii, lançado em 2006, vendeu 34 milhões de unidades nos EUA.

Em nota, o presidente da Nintendo of America, Reggie Fils-Aime, comemorou o resultado. "O ano de 2010 foi ótimo. Em 2011, veremos uma nova tecnologia portátil e grandes jogos para Wii que ainda serão revelados". A nova tecnologia que Fils-Aime se refere é o videogame Nintendo 3DS, que apresenta imagens em 3D sem a necessidade de óculos especiais.

O portátil Nintendo 3DS está previsto para chegar no Japão no dia 26 de fevereiro. Lá, ele custará 25 mil ienes (cerca de US$ 300). Nos Estados Unidos e Europa, ele chega em março, ainda sem data e preço divulgados. A Nintendo realizará um evento no dia 19 de janeiro em Nova York para revelar quando o portátil chega ao mercado norte-americano, seu preço e linha inicial de jogos.

"Anular nao anula nada"

Usado como via de protesto no período ditatorial brasileiro (1964-1985) pelos esquerdistas e também por anarquistas, o voto nulo repercute todo o país seguido de um questionamento um tanto quanto pertinente: “O voto nulo, anula o eleitor ou o político?”. Fruto de um regime militar, os esquerdistas não obtiveram o sucesso esperado com esse movimento do voto nulo, embora expressassem as suas contrariedades e notórias insatisfações com os governos. Mas e hoje? Será que os problemas políticos – os quais não são poucos – seriam resolvidos com uma suposta anulação do voto na eleição? Será que outras formas de protesto não seriam mais eficazes e mais expressivas? A questão está aberta.

Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), aproximadamente 6 milhões de eleitores na eleição presidencial de 2006 optaram por “anular” seu voto. Alguns alegavam que estavam protestando contra a notória precariedade política do país, já outros generalizavam quanto a conduta dos candidatos que estavam na disputa, adjetivando-os de corruptos, sínicos, descarados e outras palavras do mesmo nicho. A questão do voto nulo, de fato, é bastante complicada em um país cuja política é conhecida por sua corrupção, assistencialismo e diversas outras politicagens existentes, afinal qual eleitor possui estímulo diante de uma situação como essa? Na verdade, nenhum. O que deve prevalecer diante desse cenário é o desejo do cidadão que defende um país melhor, que almeja condições melhores para se viver e poder ser, de fato, peça contundente na política do país, responsável pelas mudanças sociais, políticas, econômicas, enfim, fazer jus à semântica da palavra “democracia” oriunda da Grécia Antiga e que significa “poder do povo”.

A opção pelo voto nulo ainda abre brecha para que um candidato qualquer possa ser eleito com um número menor de votos necessários, ou seja, o eleitor que anula seu voto acreditando que está fugindo de sua responsabilidade social acaba assumindo uma responsabilidade ainda maior. É como se fosse um jogo de passar a “batata quente” para o outro, ninguém se prostra como responsável pelo voto errado ou inconsciente que faz.  É através do voto que pode-se analisar os anseios políticos da população, os quais são os mais variados possíveis conforme diversos aspectos como classe social, região, idade dentre outros. O cidadão que vota nulo mostra a sociedade que seus anseios e desejos políticos não se sobrepõem sobre essa sua forma de protesto e que é mais importante anular seu voto do que combater a corrupção ou protestar de outras maneiras, dentre as quais está a internet. Decorrente do efeito enorme da globalização, a internet vem tomando grandes proporções, não apenas em cenário nacional como também global, e vem se tornando palco de grandes protestos e um meio eficaz para se denunciar os fatos que ocorrem na política do Brasil.

O papel da educação na política é imprescindível a fim de que fatos como o voto nulo, o voto em branco e a abstenção possam ser combatidos e a população se conscientize e seja capaz de denunciar e protestar contra as irregularidades vistas na política. Programas de conscientização para jovens eleitores, uma maior transparência governamental, são fatores que alicerçam uma sociedade mais justa e igualitária e que terá capacidade de eleger seus representantes para os mais diversos cargos. Com o voto nulo, o eleitor anula sua oportunidade de escolha e deixa que a situação continue da mesma forma, ou seja, “anular não anula nada.”